segunda-feira, 17 de novembro de 2014

TEXTO: "Parece... mas não é!" (Jornal A Notícia)

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Este artigo foi publicado na versão impressa do Jornal A Notícia (Joinville) do dia 17/11/2014
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PARECE... MAS NÃO É!
Thales Vianna Coutinho[i]

A primeira impressão é um fenômeno que ocorre de maneira automática e instantânea, cuja função principal é motivar – ou dissuadir – um segundo encontro. Quando julgamos que alguém é confiável, tendemos a sentir vontade de estreitar o vínculo. Em contrapartida, quando sentimos uma aversão inicial pela pessoa, nosso interesse em encontrá-la de novo é pequeno.
Em média, 70% das impressões iniciais que formamos sobre completos desconhecidos realmente são corretas. Porém, não podemos desprezar os outros 30%, até porque um equívoco nessa hora pode gerar sérios prejuízos, que variam desde a seleção de um candidato inescrupuloso para a vaga em sua empresa, ao relacionamento amoroso com a pessoa errada.
Uma das principais razões pela qual formamos impressões equivocadas é a atividade de um mecanismo cognitivo natural, responsável por inferir grau de parentesco a desconhecidos, nos fazendo crer que “pessoas parecidas são aparentadas”.
Você já deve ter percebido que, muitas vezes (mas nem sempre!), membros de uma mesma família tendem a possuir hábitos, personalidades, crenças e até reputações semelhantes.
Devido a esse mecanismo, formamos a primeira impressão sobre um completo desconhecido com base na similaridade dele com outra pessoa que já conhecemos.
Isso significa que, quando alguém se parece com quem gostamos, tendemos a confiar logo de início, pois somos induzidos a crer que sejam semelhantes em muitos aspectos. Mas, o contrário também acontece. Tendemos a sentir forte aversão por alguém, simplesmente por sua semelhança com outra pessoa de quem não gostamos.
Enquanto não nos conscientizarmos de que algumas pessoas apenas se parecem, mas não são aparentadas; e (ainda que sejam) nada garante que um será igual ao outro, continuaremos indo para o “novo” com o “velho”, julgando as pessoas de maneira equivocada, e confiando precipitadamente em quem não necessariamente é digno de nossa confiança, ou repudiando quem poderia ser nosso(a) melhor amigo(a).



[i] Psicólogo (CRP12/10175) e coach, autor do livro “Impressionantes: A Ciência da Primeira Impressão” (Clube de Autores, 2013), thales.coutinho@hotmail.com.

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Tenha um dia PLENO!

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