domingo, 12 de maio de 2013

TEXTO: Você é um(a) filho(a) da Mãe!


Bom dia, Internauta!


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VOCÊ É UM(A) FILHO(A) DA MÃE!
Thales Vianna Coutinho
Psicólogo (CRP12/10175)
Personal & Professional Coach


Você é um(a) filho(a) da mãe! Alguns interpretam isso como uma ofensa, e eu confesso que até hoje nunca entendi o porquê. Afinal, esta frase resume muito bem a razão pela qual existe um dos sentimentos mais incríveis: o amor maternal!
Pode parecer óbvio para alguns, mas muitas pessoas nunca pararam para refletir sobre a importância da “certeza” da descendência. Os homens, ao tornarem-se pais, podem viver suas vidas acreditando que são realmente os pais da criança que nasceu, porém é impossível ter certeza absoluta. Hoje sabemos que muitas crianças tendem a se parecer fisicamente com o pai, na tentativa de evidenciar que são seus filhos e assegurar o investimento parental, mas esse sistema não funciona sempre. Provavelmente, isso explica porque há tantas famílias em que a figura paterna é ausente, pois os homens – por natureza – serão eternamente assombrados pela dúvida da paternidade (em maior, ou menor grau) e, diante da dúvida, fica mais fácil para eles abandonarem os filhos.
Isso não acontece com as mulheres. Desde sempre, a mãe tem certeza que é mãe! Ela sabe que aquela criança saiu de dentro dela, e não da vizinha. E, logo nos primeiros dias, já desenvolve mecanismos cognitivos específicos para identificar qual é o(a) “seu/sua” filho(a), e assim diferenciá-lo(a) dos filhos de outras pessoas, pelo som do choro, pelo cheiro e pela fisionomia. Em suma, as mulheres têm CERTEZA que são mães daquela criança. E isso faz toda a diferença.
É por causa desta certeza da maternidade, que o amor entre mãe e filho(a) é incondicional. E isso é potencializado por um intrincado processo fisiológico que só recentemente foi descoberto.
Ao amamentar seu bebê, a mãe libera um hormônio chamado oxitocina, que tem a função de contrair a glândula mamária para liberar o leite. Porém, essa oxitocina também tem ação direta no sistema nervoso central, criando o vínculo de confiança. Todos nós ativamos os circuitos neurais à base de oxitocina quando começamos a confiar em alguém, porém, pode-se dizer que o bebê ativa constantemente e durante um tempo significativo, o que faz com que este circuito fique hiperestimulado e se crie entre mãe e filho uma conexão tão forte que, na grande maioria das vezes, só um evento muito negativo pode apagar.
Por isso, da próxima vez que alguém te chamar de “Filho(a) da Mãe”, não considere isto uma ofensa, mas um motivo para se orgulhar. Porque é graças a esse fato aparentemente óbvio, que você experimentou o sentimento mais complexo e maravilhoso que existe: o amor de sua mãe.
FELIZ DIA DAS MÃES!

Observação: Nesta mesma data, no ano passado, fiz um vídeo abordando com muito mais detalhes o amor maternal. Você pode conferi-lo logo abaixo.



Referências:
BARTELS, A. ZEKI, S. The neural correlates of maternal and romantic love. NeuroImage, vol. 21, 2004.
BEAUREGARD, M. COURTEMANCHE, J. PAQUETTE, V. ST-PIERRE, É. The neural basis of unconditional love. Psychiatry Research: Neuroimaging. vol. 172, issue 2, 2009.
DOI, H. SHINOHARA, K. Event-related potentials elicited in mothers by their own and unfamiliar infant's faces with crying and smiling expression. Neuropsychologia, vol. 50, issue 7, 2012.
DOUGLAS, A. Baby love? Oxytocin-dopamine interaction in mother-infant bonding. Endocrinology, vol. 151, n° 5, 2010.
GORDON, Ilanit. ZAGOORY-SHARON, Orna. LECKMAN, James. FELDMAN, Ruth. Oxytocin and the development of parenting in humans. Biological Psychiatry, 2010.
STRATHEARN, L. IYENGAR, U. FONAGY, P. KIM, S. Maternal oxytocin response during mother-infant interaction: associations with adult temperament. Hormones and Behavior, vol. 61, n° 3, 2012.
TRIVERS, Robert. Parental investment and sexual selection. In: CAMPBELL, B (Ed.). Sexual selection and the descent of man, 1871-1971 (pp. 136--179). Chicago, IL: Aldine, 1972.



Fonte das Imagens:
Mãe e filho = https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwrW-dhUt3uO4mvjmUgCGH6e-2nVPWN5EcZLE_-5ISmhLU7c4RdNG2e7Nr1E5L4Da-XbZLIZVRYbfn4xxmg8Uiv4vR8bOIZd_ZySl9OAdEJOh8OuQExifLhwV8mlCL0isxT98B1OMYcUI/s1600/amor+maternal+2.jpg
Oxitocina = http://www.madewithmolecules.com/blog/wp-content/uploads/2009/01/090120oxytocin.jpg

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

TEXTO: Livros & Mentes


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Aviso:
Esse meu texto foi publicado na página 40 da versão impressa do Jornal "A Notícia" de hoje (09/05/2013). Ele também está disponível no site do jornal, e pode ser lido AQUI. Porém, como as "referências" não foram publicadas, resolvi disponibilizá-lo também aqui no meu blog, com as referências incluídas e também algumas imagens. Contudo, quero agradecer muito ao Jornal, pelo apoio na publicação do texto. Muito obrigado!
Caso você se interesse pelo assunto e queira saber um pouco mais, eu realizei há alguns meses uma palestra intitulada: "Era uma vez, o Homo sapiens" em que abordo também essa questão com mais detalhes. Você pode assistir à palestra completa clicando AQUI.




LIVROS & MENTES
Thales Vianna Coutinho
Psicólogo (CRP12/10175)
Personal & Professional Coach


Recentemente aconteceu em Joinville a “Feira do Livro”. Um evento muito importante, que estimula a curiosidade pela literatura através da oferta de livros com preço acessível, e conferências com autores reconhecidos nacionalmente. A população aprecia esse tipo de evento porque já internalizou o fato de que a leitura promove vários benefícios, como a expansão do vocabulário e o aumento da imaginação.
Porém, além desses aspectos positivos, a leitura aprimora outra característica humana que é tão ou mais importante, contudo, pouco conhecida: a Teoria da Mente.
“Teoria da Mente”, como o próprio nome sugere, é uma função cognitiva que todos nós possuímos e que nos permite entender o que as outras pessoas estão pensando ou sentindo. Em síntese, trata-se da nossa capacidade de formar uma “teoria” sobre o que a outra pessoa está pensando, com base em algum sinal que ela emite (tom de voz, expressão facial, gesticulação, direção do olhar, etc). A leitura correta dos pensamentos dos outros é base de qualquer bom relacionamento, por isso que, pessoas com autismo – cuja deficiência principal jaz na teoria da mente – têm muitas dificuldades de relacionamento interpessoal.
Raymond Mar
Alguns pesquisadores (principalmente Raymond Mar, da Universidade de York) recentemente verificaram que o hábito de ler pode reforçar e, consequentemente, potencializar nossos circuitos neurais envolvidos na “Teoria da Mente”. Isso porque, quando estamos lendo uma história, estimulamos continuamente nossa capacidade de ler a mente do personagem, na tentativa de entender suas intenções ainda não reveladas. Esse exercício constante de leitura mental que os livros de ficção proporcionam faz com que consigamos, gradativamente, interpretar de forma mais assertiva as pistas sociais e assim compreender melhor as pessoas que nos rodeiam na vida real.
Isso quer dizer que, com o estímulo à leitura, podemos – literalmente – criar um mundo melhor para se viver, reduzindo os problemas de comunicação não apenas através do incremento do vocabulário, mas também do desenvolvimento da refinada arte de “ler a mente” dos outros.
 
Raymond Mar em sua palestra: Pesquisa sobre leitura e conselho aos leitores


Referências:
MAR, R. et al. Effects of reading on knowledge, social abilities, and selfhood: theory and empirical studies. In: ZYNGIER, S (eds). Directions in empirical studies in literature: in honor of Willie van Peer. Amsterdam: Benjamins, 2008.
MAR, R. et al. The function of fiction is the abstraction and simulation of social experience. Perspectives on Psychological Science, vol. 3, 2008.
MAR, R. et al. Exploring the link between reading fiction and empathy: ruling out individual differences and examining outcomes. Communications, vol. 34, 2009.
MAR, R. The neural basis of social cognition and story comprehension. Annu Rev Psychol, vol. 62, 2011.

Fonte das Imagens:
Cérebro exercitando = http://www.minhaestante.com/wp-content/uploads/2012/10/C%C3%A9rebro-lendo1.jpg
Raymond Mar = http://events.holmesreport.com/_media/153-raymond-mar.jpg
Palestra Raymond Mar = http://3.bp.blogspot.com/_6IjQp80PNng/TML4jNzqnAI/AAAAAAAAAwQ/5XFmlxJRK6M/s1600/mar.bmp

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RELATO: Experiência pessoal no 5° Congresso de Cérebro, Comportamento e Emoções


Bom dia, Internauta!


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Gostaria de compartilhar uma experiência em particular que tive durante minha participação na 5ª edição do “Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções”, que ocorreu em Gramado-RS, no ano de 2009. Eu estava na metade da graduação em psicologia e este foi o primeiro congresso de grandes proporções que eu estava participando. Tudo era novo e incrível! Porém, uma das mesas redondas que eu mais estava aguardando era sobre a “neurociência do amor”, que aconteceria justamente no dia 12/06 (dia dos namorados).
Isso porque, naquele mesmo congresso, eu estava expondo um trabalho teórico que havia escrito, em que analisei alguns dados do “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro”, desenvolvido pela Dra. Carmita Abdo, à luz da psicologia evolucionista. E, para minha grata surpresa, uma das conferencistas daquela mesa redonda seria justamente a Dra. Carmita. Todas as conferências dessa mesa – assim como as demais que conferi – foram brilhantes e, ao final, enquanto todos se preparavam para ir embora (foi o último evento do dia), resolvi que precisava conversar com ela, ainda que só o suficiente para me apresentar, dizer que apreciava muito seu trabalho e que estava expondo um banner baseado em sua pesquisa.
Mas essa não foi uma tarefa fácil. Como relatei, tratava-se do meu primeiro grande congresso. Jamais havia conversado pessoalmente com um(a) grande pesquisador(a). Eu era apenas um quarto anista de psicologia, numa universidade catarinense! O que eu diria?
Quase podia sentir minha amígdala esquerda se tornando cada vez mais ativa e o cortisol varrendo minhas veias quando, finalmente, me aproximei e – trôpego – me apresentei e disse que havia feito um trabalho baseado em sua pesquisa. Eu estava realmente bastante ansioso, quando, nesse momento, ela sorriu pra mim. Um "Sorriso de Duchenne", autêntico, compreensivo e simpático. Hoje entendo que, em resposta ao seu sorriso, meu cérebro começou a produzir oxitocina, que imediatamente desempenhou sua função ansiolítica, e eu fui ficando cada vez mais calmo, confortável, até conseguir tomar a liberdade de – aproveitando aquele vínculo temporário (também efeito da oxitocina) – pedir que ela autografasse para mim o exemplar do seu livro: “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro” e que registrássemos aquele breve encontro, numa fotografia.
Ambas as coisas guardo com muito carinho até hoje. Mas, mais que uma tinta no papel, ou a imagem numa foto, a memória desse acontecimento tão permeado por emoções, com certeza, ficou armazenada permanentemente em meu cérebro.

Dra. Carmita Abdo e eu, com a imagem do autógrafo

Observação: Este meu relato foi escrito com o objetivo de participar de um concurso organizado pela página oficial do Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções. Mas acabei interrompendo minha participação pois não seria possível participar do congresso em função de outro compromisso que surgiu.


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HANGOUT: "Na toca da raposa = Virtualidade"


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quarta-feira, 8 de maio de 2013

TEXTO: "Pra que serve a Matemática e o Português?": Para mais coisa que você imagina!


Boa noite, Internauta!


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PRA QUE SERVE A MATEMÁTICA E O PORTUGUÊS?”: PARA MAIS COISA QUE VOCÊ IMAGINA!
Thales Vianna Coutinho
Psicólogo (CRP12/10175)
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Timothy Bates
Em meio ao debate sobre o impacto da educação cada vez mais precoce sobre o desenvolvimento humano, os psicólogos Stuart Ritchie e Timothy Bates (University of Edinburgh) investigaram a consequência da alfabetização e domínio da matemática antes dos 7 anos, para a vida adulta.
"Queríamos investigar como o domínio da matemática e da leitura na infância está relacionado com: ter um melhor trabalho, morar numa casa melhor, e receber um melhor salário na idade adulta" disseram os pesquisadores, em entrevista à ScienceDaily.
Para investigar essa associação, colheram dados do "National Child Development Study", que acompanhou mais de 17.000 pessoas na Inglaterra, Escócia, e País de Gales ao longo de 50 anos, desde que eles nasceram (em 1958) até os dias de hoje. E compararam os dados registrados.
Stuart Richie
O artigo foi publicado semana passada na prestigiosa "Psychological Science", e concluiu que a alfabetização e desenvolvimento da habilidade matemática até 7 anos se relaciona com um maior status socioeconômico na idade adulta. Além disso, houve também relação com uma maior motivação para continuar os estudos por mais tempo. Basicamente, aqueles indivíduos que foram alfabetizados e começaram a dominar a matemática até os 7 anos tinham um melhor emprego, ganhavam melhor salário e moravam num bairro mais privilegiado, provavelmente porque se capacitavam mais.
"Esses dados demonstram que o desenvolvimento dessas habilidades básicas muito cedo na infância, independente de quão inteligente você é, ou a qual classe social você pertence, será importante para a sua vida adulta!", pontuam os autores.
Os pesquisadores consideram que o próximo passo da pesquisa será analisar esse fenômeno usando dados de gêmeos idênticos, para poder isolar e mensurar o papel da genética, nisso tudo.




Referência:
RITCHIE, S. BATES, T. Enduring links from Childhood mathematics and reading achievements to adult socieconomic status. Psychological Science, 2013.


Fonte das Imagens:
Matemática e Português = http://images01.olx.com.br/ui/14/60/35/1360561316_480945535_1-Fotos-de--Aula-de-Reforco-Matematica-e-Portugues.jpg
Timothy Bates = http://www.research.ed.ac.uk/portal/en/persons/timothy-bates(50e93b2f-9411-4981-ab3c-620faa90f50b).html
Stuart Ritchie = http://www.psy.ed.ac.uk/homepages/rmcinto1/RDMcSTUDENTS.html

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TEXTO: Uma cantada, com um violão.

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UMA CANTADA, COM UM VIOLÃO
Thales Vianna Coutinho
Psicólogo (CRP12/10175)
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Nicolas Guéguen
Eu já fiz um vídeo sobre isso há algumas semanas (clique AQUI para assisti-lo). Mas, a ciência evolui muito rápido e, por isso, já saiu um novo artigo sobre o tema ("Men's musicability and attractiveness to women in a real-life courtship context") escrito por Nicolas Guéguen (Université de Bretagne-Sud) e colaboradores, publicado em 1° de Maio na "Psychology of Music".
Nessa pesquisa, eles quiseram aprofundar um pouco mais a teoria – já corroborada por muitas outras investigações – de que a música representa um critério de seleção de parceiros muito importante em humanos, e a "habilidade musical" é um sinal de criatividade muito exigido pelas mulheres, nos homens, no momento de selecioná-los.
Para isso, elaboraram um experimento muito simples...
Convidaram um homem para participar da investigação, como colaborador do estudo. Ele deveria andar pela rua, e perguntar a mulheres totalmente desconhecidas e aleatórias, qual era o número de telefone delas. Fez isso com 300 mulheres diferentes.
Apesar de o voluntário ser um homem atraente, os pesquisadores modificaram 1 característica apresentada por ele, para conseguir separar o grupo teste, do controle. A característica foi que, em alguns casos, ele estaria com um violão na mão (grupo teste) no momento de solicitar o telefone da desconhecida, enquanto que em outros ele não estaria com nada (grupo controle).
O que eles verificaram foi que as mulheres tinham uma propensão significativamente maior de fornecer o número de telefone pessoal, quando o homem desconhecido estava com um violão na mão.
Isso mostra que o sinal de interesse/habilidade musical é muito importante para as mulheres, e - inclusive - forte o suficiente para vencer a barreira do receio e aceitar fornecer seu telefone a um completo desconhecido.
Uma crítica que eu, particularmente, tenho a fazer sobre esse experimento, é que eles não verificaram se o telefone era mesmo daquela moça. Ou seja, ela poderia – simplesmente – ter mentido sobre o número. Este é um cuidado importante para que as investigações futuras tomem, na tentativa de tornar seus dados mais consistentes. Porém, ainda assim, essa diferença discrepante de comportamento permite defender a teoria proposta.

Referência:
GUÉGUEN, N. MEINERI, S. FISCHER-LOKOU, J. Men's music ability and attractiveness to women in a real-life courtship context. Psychology of Music, 2013.

Fonte das Imagens:


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segunda-feira, 6 de maio de 2013

TEXTO: Crianças Insensíveis e o Risco da Psicopatia


Bom dia, Internauta!


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Henry Evans, personagem de Macaulay Culkin em "Anjo Malvado" (1993)


CRIANÇAS INSENSÍVEIS E O RISCO DA PSICOPATIA
Thales Vianna Coutinho
Psicólogo (CRP12/10175)
Personal & Professional Coach

Um artigo publicado na "Current Biology" (na última quinta-feira), demonstrou pela primeira vez que crianças com "Transtorno de Conduta" (clique AQUI para conhecer mais sobre essa patologia) apresentam um embotamento do sistema neural que responde à dor dos outros, fazendo com que elas sejam indiferentes ao sofrimento alheio. Isso as torna mais vulneráveis a se tornarem adultos com Transtorno de Personalidade Anti-Social (psicopatas), pois a psicopatia compartilha a mesma disfunção cerebral.
Participaram desse experimento, 55 meninos com idades entre 10 e 16 anos. Destes, 37 tinham diagnóstico de "Transtorno de Conduta", e 18 não. Para todos, eles apresentaram imagens que simbolizavam alguma situação dolorosa (como prender a mão na porta) ou não (como uma mão abrindo a maçaneta da porta), enquanto era feito o registro da atividade cerebral delas através de Ressonância Magnética Funcional.
Os resultados demonstraram que as crianças com transtorno de conduta apresentam um funcionamento anormal dos circuitos neurais responsáveis pela resposta emocional adequada ao sofrimento alheio (córtex cingulado anterior, ínsula anterior e giro frontal inferior), apresentando a redução da atividade nessas regiões quando visualizam a imagem que remete à dor.
Essi Viding
Segundo Essi Viding, professora da University College London e  principal autora da pesquisa, esta investigação não diz que toda criança insensível ao sofrimento alheio irá se tornar um adulto psicopata, mas mostra que o risco existe. Mais do que isso, mostra também que esta disfunção pode ser revertida com o tratamento adequado, desde que ela seja levada a sério. Neste sentido, esta pesquisa foi muito útil.



Referências:
LOCKWOOD, P. SEBASTIAN, C. MCCRORY, E. HYDE, Z. GU, X. BRITO, S. VIDING, E. Association of callous traits with reduced neural response to other's pain in children with conduct problems. Current Biology, vol. 23, issue 9, 2013.
PAPPAS, S. Psychopathic Traits Seen in Children’s Brains. LiveScience, 02 May 2013. Disponível em: http://www.livescience.com/29261-psychopathic-traits-in-children.html?cmpid=514627


Fonte das Imagens:

Henry Evans - Anjo Malvado = https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPXofMeJhC4-eA5jLpjtDoa4HTHlil3HdoxEdd5cKEDtBPyu5Lievs_F8mXTNaVfX6Nb2P5mgFOTwODRuwtsc930U8m6-tQxpBihP2FodkNGUXINW_5wUqfJEXpzZZP_FneVt8kGmibKo/s1600/Henry+Evans.jpg
Essi Viding = http://gade.psy.ku.dk/2010Aalborg/2200%20Essi%20Viding.jpg


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sábado, 4 de maio de 2013

ANIVERSÁRIO DO "TVCChannelNews" = Agradecimentos!!!


Hoje, o meu canal do YouTube (TVCChannelNews) completa 1 ano, desde a postagem do primeiro vídeo (uma palestra minha intitulada: "Naturalmente Mentirosos").

Tenho muitos agradecimentos a fazer, porque muitas pessoas e instituições participaram direta ou indiretamente do TVCChannelNews durante este primeiro ano...

Quero começar agradecendo muito ao Instituto de Parapsicologia e Ciências Mentais de Joinville (IPCMJ), principalmente a Enir Beckhauser Fonseca e Joana D`Arc Dalri, que cederam sem nenhum impedimento o espaço do instituto para que eu pudesse realizar palestras, filmá-las e disponibilizá-las na internet. Aliás, foi com essas palestras que o canal começou. De fato, minha dívida de gratidão ao IPCMJ é imensa.

Quero agradecer muito também às páginas da internet, que apoiaram os vídeos do canal através da divulgação.


Quero agradecer aos amigos que fiz na internet, que me incentivaram e me ajudaram na divulgação:
(coloquei em ordem alfabética, para não cometer a injustiça de privilegiar ninguém)

Alexandre Correa Rodrigues
Ana Lúcia Hennemann
André Henrique Ferreira
Amanda Fiorio Smith
Ariela Moreira
Carlos Leger Sherman Palmer
Carlos Teles de Paula
César Federici
Cesar Tarifa Neves
Daniel Sassaki
Davi Viveiros
David Ayrolla
Douglas Rodrigues
Drausio Macedo Assunção
Elizabeth Schmidt
Fabio Guerra
Fernanda Gomes
Foxx Salema
Gabriel Cesar de Andrade
Gabriel Varjão
Gean Kasper
Gustavo Correa Veiga
Ivan Moticelli
Jean Natividade
João das Neves
João Vitor Gonçalves Dias
Jorge Moll (UFRJ)
Juliana Cristina Barbosa
Juliana Guterres
Julio Cesar Cordeiro
Kaio Henrique Costa
Kirma Silva 
Leandro Segatti
Lilia Marcela
Lucas Grillo
Maestro Bogs
Marcelo Ronconi
Marcelo Teixeira
Marco de Freitas
Marcia Souza
Marlon Robaina
Mário de Carvalho
Matheus Souza
Merlin das Trevas
Noemi Be
Pedro Caldas
Pedro Pinheiro
Piero Sadocco
Ricardo Bermejo
Roberto Rezende de Assis
Robson Lopes
Sapoia
Sérgio Mendes
Sergio Ortiga
Sonia Lopes
Sophia La Banca Oliveira
Suzana Herculano-Houzel (UERJ)
Taimon Maio
Wendell Marinho
William Weber Cecconello
Willian Souza Bernardes

Agradeço também a dois vlogueiros muito reconhecidos no YouTube, que ajudaram pra caramba na divulgação do canal:

Clarion de Laffalot
Pirulla

Aos meus amigos de sempre, que me apoiaram e me inspiraram:
(coloquei em ordem alfabética, para não cometer a injustiça de privilegiar ninguém)

Alessandra Cristina Pereira
Alexandre Aleixo
Anderson Vieira
Antonio Carlos Alves
Arthur Alfredo Schemmer
Caroline Pereira
Cris Godoy
Cristine Nilsen
Diana Senabio
Eduardo Pardal
Evelini Plácido
Emanuele Silva
Evandro Paulo Campestrini
Felipe Viegas Rodrigues
Fernanda Daher
Fernando Kraichete
Gabriel Horn
Gabriel Steffen
Giancarlo Decimo
Gustavo Marcelino
Ieda Dorneles
Inez Robert
Israel Luciano
Jéssica Karolina Rodrigues
Ka Almeida
Karine Chan
Kauê Costa
Keth Gertler
Kreciane Sabel Trevisani
Leoclícia Alves
Leonardo Horn
Lenize Schnell
Lucas Cota
Lucia Toshiko Fujivara Alves
Lucimar Sapelli
Luiz Arthur Rangel Cyrino
Magda Paranhos
Marcelo Aurélio Verner
Mariana Hirt Ribas
Márcia Cavalcante
Nani Nascimento
Norma Sueli Oliveira
Onório Dallagnol
Priscila Rothers
Priscilla Ambrosi
Raquel Moreira
Renan Petry
Roberto Heidemann Salvador
Roberta Sholl
Rodrigo Ortega Vieira
Ricardo Sachser
Shanti Lucas (Lence Skymon)
Sheron Sierakowski
Silvia Mattos
Valéria Vetorazzi
Valter Teles Alves
Vânia Wiese
Wania Almeida
Wanderléia do Rosário
Wyllian H. Kohn

e à minha mãe,
Wania Lucia Vianna Coutinho

Por fim, mas não menos importante, agradeço imensamente a você que sempre assiste aos vídeo, avalia, comenta e ajuda na divulgação.
VOCÊ FEZ, E CONTINUARÁ FAZENDO, O TVCCHANNELNEWS!!!
Muito obrigado!

VÍDEO: A Mente é o Cérebro


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TEXTO: "Love Never Dies"


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     O site "Portal Neurociências", é desenvolvido por universitários interessados na divulgação científica da neurociência. Recentemente, eles me convidaram para escrever periodicamente para o site, e no último dia 02 foi publicado meu primeiro texto, intitulado: "Love Never Dies", em que apresento as evidências da neurociência para explicar porque alguns relacionamentos amorosos duram muito mais tempo que outros. Na sequência, segue parte do texto, e o link para você poder conferir no próprio site deles. Peço que leia e comente lá mesmo (há um espaço para isso, no final da página). Além disso, caso não esteja acompanhando a "Portal Neurociências", solicito que comece a acompanhar pois irei publicar ao menos um texto por semana lá. Muito obrigado!
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LOVE NEVER DIES


O compositor britânico Andrew Lloyd Webber é um daqueles artistas que muitos odeiam, muitos idolatram, e uma pequena porcentagem fica no meio termo. Eu faço parte dessa minoria que tanto considera que ele é um músico óbvio e repetitivo, como também que quando ele acerta na fórmula, ele realmente ACERTA, e a prova disso são as trilhas dos seus famosos musicais “Jesus Christ Superstar” (1970); “Evita” (1976); “Cats” (1981); “Sunset Boulevard” (1993) e o principal “The Phantom of the Opera” (1986). Os temas musicais da história (baseada no romance de Gaston Leroux) do homem desfigurado que assombra a Ópera de Paris enquanto nutre uma paixão avassaladora pela soprano Christine garantiram a Lloyd Webber, entre outras coisas, muitos milhões dólares e uma capa na prestigiosa revista “Time”.
   No final dos anos 1990, Andrew começou a cogitar a adaptação musical do livro de Frederick Forsyth “The Phantom of Manhattan” (O Fantasma de Manhattan), que é uma “continuação” um tanto quanto controversa da obra de Leroux, em que após os incidentes narrados na obra original, o Fantasma teria sobrevivido e fugido para os Estados Unidos, onde 10 anos depois reencontra Christine que estava viajando pela América do Norte. Uma trama bem pouco digna da genialidade de Forsyth (conhecido por clássicos como “O Dossiê de Odessa” – 1972 – e “O Dia do Chacal” – 1970) mas que chamou a atenção de Andrew e, após quase 15 anos de reflexão, se transformou naquele que é atualmente seu mais recente trabalho: “Phantom Sequel: Love Never Dies” e teve sua estreia nos palcos do West End – Londres, em 09/03/2010.
     LoveNeverDies_t614Em Março deste ano foi lançado aqui no Brasil um DVD oficial de uma versão australiana desta peça que foi filmada na íntegra. Foi assim que pude assisti-la e vivenciar uma mistura de decepção – por ter um ótimo elenco, mas um péssimo diretor (o que não poderia ficar bom) – e contentamento – pelo fato de as canções serem “bonitinhas”. Digo “bonitinhas” porque apesar de encantadoras e charmosas, não contem o efeito arrepiante que caracterizou a obra anterior. Porém, uma das canções – que, por sinal, batiza a peça: “Love Never Dies” – une uma bela trilha com uma letra esclarecedora e que tem tudo a ver com o tema deste artigo. Interpretada pela personagem feminina principal (Christine Daaé) pouco antes do fim do espetáculo, a canção diz coisas do tipo: “Love never dies/ Love never falters/ Once it has spoken/ Love is yours/ Hearts may get broken/ Love endures” (tradução: “O amor nunca morre/ O amor nunca fraqueja/ Depois de ter sido declarado/ O Amor será seu/ Corações podem se quebrar/ Mas o amor perdura). O que me chamou atenção nessa música, e que me fez escolhê-la para ilustrar o que escreverei na sequência é que, diferentemente da maioria das canções com tema semelhante, esta não é um questionamento, mas sim uma afirmação. Em suma, é uma tese poética que defende a imortalidade do amor, e pronto!
     É claro que a arte não tem o compromisso de ser a verdade! Ela apenas ilustra a perspectiva do artista sobre a realidade que o cerca. Portanto, a causa que esta canção advoga é defendida por muitas pessoas na vida real, assim como outros tantos consideram esta uma visão equivocada e até infantil do amor. A questão da “(i)mortalidade do amor” aparentemente sempre afligiu as pessoas, e então cada um acaba desenvolvendo uma teoria particular para explicar “se”, “como?” e “por quê?” o amor morre. Inclusive, antes de escrever esse texto, lancei em grupos de discussão da internet essa questão e pude verificar muitas respostas variadas. Mas será que, para além da filosofia, a ciência experimental já se debruçou sobre esse tema para investigá-lo profundamente? A resposta é SIM! E o que as investigações descobriram? Afinal, o amor nunca morre? Vamos às evidências!

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