quinta-feira, 9 de maio de 2013

RELATO: Experiência pessoal no 5° Congresso de Cérebro, Comportamento e Emoções


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Gostaria de compartilhar uma experiência em particular que tive durante minha participação na 5ª edição do “Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções”, que ocorreu em Gramado-RS, no ano de 2009. Eu estava na metade da graduação em psicologia e este foi o primeiro congresso de grandes proporções que eu estava participando. Tudo era novo e incrível! Porém, uma das mesas redondas que eu mais estava aguardando era sobre a “neurociência do amor”, que aconteceria justamente no dia 12/06 (dia dos namorados).
Isso porque, naquele mesmo congresso, eu estava expondo um trabalho teórico que havia escrito, em que analisei alguns dados do “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro”, desenvolvido pela Dra. Carmita Abdo, à luz da psicologia evolucionista. E, para minha grata surpresa, uma das conferencistas daquela mesa redonda seria justamente a Dra. Carmita. Todas as conferências dessa mesa – assim como as demais que conferi – foram brilhantes e, ao final, enquanto todos se preparavam para ir embora (foi o último evento do dia), resolvi que precisava conversar com ela, ainda que só o suficiente para me apresentar, dizer que apreciava muito seu trabalho e que estava expondo um banner baseado em sua pesquisa.
Mas essa não foi uma tarefa fácil. Como relatei, tratava-se do meu primeiro grande congresso. Jamais havia conversado pessoalmente com um(a) grande pesquisador(a). Eu era apenas um quarto anista de psicologia, numa universidade catarinense! O que eu diria?
Quase podia sentir minha amígdala esquerda se tornando cada vez mais ativa e o cortisol varrendo minhas veias quando, finalmente, me aproximei e – trôpego – me apresentei e disse que havia feito um trabalho baseado em sua pesquisa. Eu estava realmente bastante ansioso, quando, nesse momento, ela sorriu pra mim. Um "Sorriso de Duchenne", autêntico, compreensivo e simpático. Hoje entendo que, em resposta ao seu sorriso, meu cérebro começou a produzir oxitocina, que imediatamente desempenhou sua função ansiolítica, e eu fui ficando cada vez mais calmo, confortável, até conseguir tomar a liberdade de – aproveitando aquele vínculo temporário (também efeito da oxitocina) – pedir que ela autografasse para mim o exemplar do seu livro: “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro” e que registrássemos aquele breve encontro, numa fotografia.
Ambas as coisas guardo com muito carinho até hoje. Mas, mais que uma tinta no papel, ou a imagem numa foto, a memória desse acontecimento tão permeado por emoções, com certeza, ficou armazenada permanentemente em meu cérebro.

Dra. Carmita Abdo e eu, com a imagem do autógrafo

Observação: Este meu relato foi escrito com o objetivo de participar de um concurso organizado pela página oficial do Congresso Brasileiro de Cérebro, Comportamento e Emoções. Mas acabei interrompendo minha participação pois não seria possível participar do congresso em função de outro compromisso que surgiu.


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Tenha um dia PLENO!

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