Cena do filme "Mary & Max" (2010) que conta a história de um indivíduo adulto com "Síndrome de Asperger" |
Estou escrevendo esse post com dois objetivos.
No último domingo (18/12/2012), a psicóloga Elizabeth Monteiro participou do quadro "Divã do Faustão" no programa "Domingão do Faustão" da Rede Globo de Televisão. E, ao comentar sobre o caso do rapaz que atirou e matou 27 pessoas na semana passada, em Connecticut/EUA, traçou um perfil ao vivo, classificando-o como tendo traços de "Síndrome de Asperger" e "Psicopatia" (Transtorno de Personalidade Anti-Social).
Essa fala da psicóloga gerou indignação na blogueira Andrea Bonoli, responsável pelo blog "Lagarta Vira Pupa: o diário de uma mãe e seu garotinho autista" que escreve uma "carta de repúdio" à postura da psicóloga, e terminava exigindo retratação pública por parte da emissora. Você pode conferir essa carta clicando AQUI. Essa carta deu origem a uma petição online, que já conta com mais de 5 mil assinaturas. Você pode conferir a petição clicando AQUI.
Deixo claro que não assisti ao vídeo da psicóloga, porque não o encontrei disponível na internet. Porém, se ela fez tais colocações, está no mínimo BASTANTE equivocada. Contudo, a carta também está errada em muitos pontos, e por isso escrevi uma crítica por escrito e coloquei como comentário no próprio blog da Andrea (além de tê-la divulgado em outros espaços na internet). Porém, para minha surpresa, nessa manhã descobri que meu comentário foi excluído.
Logo, meu primeiro objetivo com esse post é divulgar a crítica que fiz por escrito. Segue:
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Olá!
Alguns aspectos da carta estão equivocados:
"2. Os portadores da Síndrome de Asperger não são considerados, “às vezes, inteligentes” como crê a profissional. A inteligência acima da média é, ao contrário, um dos fatores determinantes para que o indivíduo seja classificado como Asperger"
Não, não é. Basta ver os critérios diagnósticos do Manual Estatístico e Diagnóstico dos Transtornos Mentais (DSM-IV) e você vai ver que "inteligência" não faz parte do diagnóstico. Então, sim, a psicóloga está certa ao dizer que "ser inteligente" não é um sinal necessário da Síndrome de Asperger.
Outro trecho:
"4. A psicóloga Elizabeth Monteiro confunde, em seu discurso, psicopatas – pessoas incapazes de sentir empatia – e autistas. Estes últimos, apesar de muito sensíveis, possuem dificuldade com a expressão dos sentimentos, e não com os sentimentos em si."
A ausência de empatia é um sinal determinante do autismo, que tem sim uma dificuldade extrema na expressão E NA compreensão das emoções alheias. Os psicopatas também tem isso, só que as coisas são diferentes. No caso do autismo, o erro está na "teoria da mente", que é a base cognitiva para o compartilhamento das emoções com outras pessoas (empatia). Já no caso dos psicopatas, eles possuem uma "teoria da mente" privilegiada, porém, não conseguem compartilhar emoções com outras pessoas, ou seja, o erro deles está restringido à empatia em si. Então, apesar de a psicóloga ter errado na explicação dessa diferença, o que ela disse (em essência) está correto.
Eu acho importante criticá-la no sentido de "por que ela começou a falar sobre Asperger ou Psicopatia", sendo que o indivíduo não apresentava sinais de nenhuma dessas doenças mentais (e ainda hoje me manifestarei melhor a respeito disso, defendendo aquilo que pude concluir que aconteceu com o indivíduo em questão).
Mas, gente, essas críticas precisam ser feitas de forma bem estruturada. Senão, fica apenas um discurso ideológico que não tem o mesmo crédito (e nem deve ter) da ciência.
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Meu segundo objetivo é divulgar um vídeo que realizei, esclarecendo melhor essa questão.
Este vídeo (22 minutos) está disponível em meu canal do youtube "TVCChannelNews" e pode ser conferido clicando AQUI. Solicito que você assista, avalie, comente, ajude na divulgação e se inscreva no canal e nesse blog, para que possa receber as atualizações futuras, inclusive a do texto que escreverei muito em breve acerca da "Síndrome de Amoque".
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Fonte da Imagem: http://vod.img.estaticos.tv.br/static/uploaded/imagens/cb5ee3d884cf46faa5ed18b5c4d7bd58.jpeg
Thales bom dia.....Concordo com suas críticas...mas já que não viu o vídeo.segue.....e avalie melhor sua opnião...acredito que vc não tenha um AUTISTA na família...e posso AFIRMAR...não se compara a um psicopata!!! http://tvg.globo.com/programas/domingao-do-faustao/O-Programa/noticia/2012/12/totia-meirelles-participa-do-diva-do-faustao-no-palco-do-domingao.html
ResponderExcluirDistorceram tudo sobre o autista Aspie, começou a falar que o assassino EUA é Aspie, Faustão já pegou a vez e já fala se a mãe sabia desta "doença" e porque a mãe não fez nada. A Drª, colocou alguns pontos dos autistas como característica dos Psicopatas, misturou todas as informações, resumindo para quem não entente parece que ficou assim: O Assassino é Aspie, quem tem filho com esta característica tome cuidado!! E isso em rede nacional, para nós que temos filhos e participamos das comunidades dos autistas já ficou complicado ouvir isso, agora imagina quem nunca ouviu falar em Aspie, imagina agora você ir matricular seu filho e a Diretora for leiga no assunto e assistiu ao programa, mais uma barreira!!!
ResponderExcluiralguns segundos atrás.selink do video:http://tvg.globo.com/programas/domingao-do-faustao/videos/t/programa/v/totia-meireles-e-betty-monteiro-participam-do-diva-do-faustao/2297619/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAo ler a carta e depois de ver o vídeo, pude concluir duas coisas, que a conversa preliminar feita sobre o caso dos EUA foi feita tendo-se por suposição que o autor fosse um psicopata, porem em um determinado momento ela diz que poderia se tratar de um Asperger com uma observação desnecessária, creio ter sido aí criado uma confusão em se misturar dois diagnósticos tão distintos sem qq evidência.
ResponderExcluirO Filme Mary & Max dá uma ideia bastante boa com poesia de o que venha a ser essa síndrome.
Olá Thales,
ResponderExcluirVi novamente a entrevista e da psicologa Elizabeth Monteiro no Divã do Faustão e ela deixou muito claro que nao poderia fazer nenhuma avaliação com tão poucos elementos sobre o caso do atirador. Citou matérias de jornal, como a unica fonte de informação até aquele momento, que LEU que em algumas dessas fontes falam que o atirador tinha a síndrome, e tomou o cuidado de não afirmar que este era o caso do atirador. Alertou os pais sobre possíveis indícios de um psicopata quando falou dos maus tratos com pequenos animais e da falta de socialização e também deixou claro que só isso não é suficiente para fechar um diagnóstico, mas que é um caso que precisaria de uma avaliação médica mais cuidadosa. Citou também a dificuldade de diagnosticar um psicopata quando colocou o caso da psicopata Suzane Richthofen, filha de uma psiquiatra. Acho que a Dra Elizabeth Moteiro fez um serviço de utilidade pública quando deu o alerta, em tão pouco tempo disponibilizado pela TV, para possíveis sinais de algum transtorno ou psicopatias em bebes e crianças
Thales seria interessante que visse o video e pudesse fazer uma avaliação a respeito.
O video em questão nunca foi tirado do ar mas acho que as pessoas nao estao conseguindo seguir pelo link.... se voce for em www.globo.com.br e de la acessar Domingao do Faustao e la procurar por totia meireles vc chega no video. A parte polemica esta nos primeiros 5 minutos
Concordo com seus comentários, vi o vídeo do faustão e vi também o do Thales. Não acho que a psicóloga fez errado, como você disse, no pouco tempo da tv ela tentou abrir os olhos dos pais para prestarem mais atenção nos seus filhos.
ExcluirDeixo claro aqui que tenho um sobrinho filho de um irmão)com síndrome de asperger e outro (filho de uma irmã)com esquizofrenia. Várias pessoas da família diziam que havia alguma coisa, que necessitavam de mais atenção, mas como a psicóloga disse no programa, pais geralmente não aceitam quando falam que o filho deles tem alguma "diferente".
Oi Thales,
ResponderExcluirAssisti ao seu vídeo. Tentei comentar lá, mas é muita coisa, não sei se ficou claro. Tomo a liberdade de comentar aqui. Queria fazer isso em video também, uma análise comentada passo-a-passo do referido programa, mas não tenho essa habilidade. Por que acho isso importante? Por que se está destruindo ao meu ver a vida, carreira, imagem, honra e possivelmente a família de uma pessoa competente e de bem injustamente. Basta conhecer os livros e o trabalho anterior da Dra Elizabeth Monteiro para constatar tal, irreversível, crime.
Peço que assistam o vídeo se possível junto com minhas palavras, pausando quando conveniente, (está no Google, fácil de achar) e analisem, transcrevam todo o diálogo se precisarem e digam com provas se algum diálogo que irei copiar ou transcrever com fidelidade não condiz com o conteúdo do mesmo. Não precisa ninguém vir concordar comigo ou dar o braço a torcer depois, só quero que me mostrem o que copiei errado se for o caso. E dos que se convencerem de que erraram, não quero nada para mim também. Quero que coloquem a mão na consciência e reflitam "O que fiz com a vida desta doutora e conserto como?".
Bom, tudo começa quando o Faustão lança a pergunta sobre "O que é um psicopata?" (veja, ele faz exatamente essa pergunta). A resposta da psicologa é exatamente esta:
"-Faustão, eu vou explicar de uma forma bem resumida. O psicopata é uma pessoa que não consegue se colocar no lugar da outra e sentir o que o outro sente. É uma pessoa que não tem pena, não sente culpa. A principal característica de um psicopata é que é uma pessoa muito inteligente, muito manipuladora e ele sempre cria uma realidade para ele..."
Está resumido e de acordo com o formato e público do programa. Neste ponto, Faustão corta a fala dela com a pergunta:
"- Não seria o caso desse assassino, porque ele suicidou-se por medo ou sentimento de culpa?"
Ela responde:
"- Não, culpa não, provavelmente culpa não mas a gente não saaaa..."
Antes dela terminar a frase e o "sabe", Faustão corta novamente
"- Quem faz isso não tem sentimento de culpa?".
Ela responde:
"- Olha, se ele for um psicopata, ele vai achar que ele fez um bem. Que ele tem os motivos dele. E pode ter se matado por medo, para não querer assumir a responsabilidade... é difícil a gente com poucos dados ainda concluir isso né, mas pelo que eu li era um asperger."
Continua...
Vejam, esse é o ponto vital. É a hora que ela cita pela primeira vez "aspeger", até então ela só havia falado claramente sobre psicopatas. Tudo que veio e que ela falou antes disso, portanto, não pode ser atribuido como declaração dela sobre a síndrome. Quem fizer isso ou entender isso (e muita gente o fez e está fazendo) está claramente comentendo um equivoco e deve assumir ao rever o vídeo. Outro ponto vital, é que ela _não dá o diagnóstico de asperger_, ela é clara quando diz que LEU. E ela não inventa essa informação, de fato que o The New York Times e vários outros veículos de midia renomados divulgaram isso.
ResponderExcluirPor que ela citou e se devia ter citado, é só motivo para debate, não linchamento moral. Se quem assiste não entende, ela tampouco pode ser masacrada por isso pois não disse mentira, não deu diagnóstico e em qualquer tribunal o vídeo seria prova clara e irrefutável disso.
Outras, depois de citada esta informação, já diferenciada da questão da psicose pelo simples fato dela ter citado isso como informação adicional, com um "mas..." Fausto pergunta:
"- O que é isso?".
Ela responde:
"- É um tipo de autismo. Não é aquele autismo tradicional que a pessoa não faz o contato e as vezes não consegue aprender. Não, o aspeger ele faz contato e as vezes ele é considerado uma pessoa inteligente."
Vejam, nesse ponto ela continua de acordo. Explicou em linguagem simples como exige o formato do programa. E aqui seu video já mostra muito bem que, quem erra, é a autora da carta de repúdio, que afirma que a inteligência é determinante quando não é.
Pessoas com ou sem a sindrome podem sempre ser as vezes consideradas inteligentes, enquanto outras as vezes nem tanto... como provam algumas postagens que lemos vez por outra. Portanto, a autora da carta de repudio é que já deveria fazer quissá uma retratação, e não ficar apagando as criticas em seu blog e provas de seu erro do blog. A doutora tinha uma Fanpage no Facebook que foi demolida com centenas de agressões, ameaças, xingamentos e tudo que se possa imaginar. Mesmo assim ficou a semana toda no ar e ela, sempre que podia, tentando esclarecer com educação e encarando sua responsabilidade, sem apagar nada, nem um post que a chamava de "Senhora mal comida". Acompanhei post a post.
Mas voltando ao programa, antes da doutora prosseguir explicando o que é asperger - nada além - e sem misturar com psicose ou ser incorreta (como se distorce por aí), Fausto, para variar, interrompe novamente, misturando pergunta com afirmação dele de forma extensa e enrolada, dizendo se nesse caso a mãe tendo essa consciência, deveria não permitir armas em casa ou se, ainda, o fato não seria que os pais preferem não enxergar a condição dos filhos. É tem que se admitir que é _somente_ nessa hora que a coisa fica confusa na verdade.
Nesta hora, as pessoas parece que esquecem que a psicologa já havia partido do princípio de que o assassino seria um PSICOPATA, antes de mais nada. É a primeira coisa dita no programa. Se era também asperger ou não, segundo o que publicou a imprensa internacional e ela leu e explicou bem, tratava-se sobretudo de um psicopata. E em se tratando de um psicopata como ela abre o programa assumindo que seria, a resposta dela também é correta e adequada ao programa.
Podem sugerir que ela não pensou dessa forma ou fez essa associação, mas se não o fez, porque então cita como exemplo o caso da Richtofen (psicopata diagnosticada), e não de um aspeger?
Só esse argumento já provaria sua inocência em um tribunal neste ponto, mais uma vez. Por isso anotem minha previsão e no futuro tiramos a teima: ela nunca perderá seu diploma ou qualquer processo. Prosseguindo, ela afirma (também relacionando ao caso Richtofen e, portanto, à psicose) o seguinte fato, que na verdade vale para qualquer condição, patologia ou mesmo doença:
"-Tem pai que é cego".
Continua...
É mentira isso? Digo mais, tem pai que só pode ser surdo se não entendeu. Mas é sabido que a raiva prejudica o julgamento das pessoas.
ResponderExcluirPassando daí, ela ainda tem a delicadeza de dizer, aliviando a barra dos pais cegos ou surdos, que é mesmo muito difícil enxergar isso, complementando que a mãe da Richtofen, mesmo sendo psiquiatra, também não viu a psicose depois diagnosticada claramente na filha. Se duvidam, vejam o vídeo de novo e transcrevam aqui vocês o que ela disse. Veremos que não há controvérsia e que quem a critica duramente deve por a mão na consciência, pois a essa doutora, essa pessoa que se dedica ao bem estar das pessoas, está se fazendo um tremendo e irremediável mal.
se mostrar mais compreensiva e humilde, ela declara para completar:
"- É muito difícil para os pais envolvidos afetivamente (...) eu era assim também.".
Vejam, faz mea culpa com os pais neste ponto. Quando escrevo isso, já consigo imaginar pais ficando cegos de raiva de novo agora comigo, mas é a verdade e está lá gravado. E a afirmação da doutora é mais uma vez certeira, pois ela está sendo vítima agora justamente deste fenômeno de envolvimento afetivo sobrepondo a razão.
A partir daí, ela só disserta sobre características comportamentais que podem (e podem mesmo) denunciar psicopatas. Tipo "O cara que puxa o tapete dos outros", "Que arquiteta planos para detonar o outro", "Quem trai e manipula o parceiro sem sentir culpa", frisando ainda que "NEM SEMPRE...", mas podem ser estes os sinais de psicose.
Ela não está errada aí também, amigos. Quem está errado? Quem resolve insistir (não entendi até agora porque, mas acho que é a tal cegueira) que ela está ainda falando de aspergers ou autistas, assunto encerrado lá atrás antes de entrar a Richtofen.
Depois ela fala dos sintomas que PODEM denotar patologias ou condições do tipo em crianças ou bebês. Tipo "bebês que não sorriem", "bebes que não brincam", "bebes que choram demais" frisando que "isso não é legal"(e é?),"crianças que maltratam animais" e, pasmem! Ela diz com todas as letras depois de enumerar tudo isso numa só lavada:
"- Isso pode indicar psicopatia sim."
Agora, pais ofendidos, peço que revejam o vídeo nesse ponto e escrevam aqui se ela não diz exatamente essa frase: "- Isso PODE indicar PSICOPATIA sim". Voltem, acelerem, coloca de trás pra frente... não adianta, não vai mudar nem soar diferente. A frase é "- Isso PODE indicar PSICOPATIA sim".
"Isso PODE indicar PSICOPATIA sim." é a frase da doutora. Não adianta mentir e está gravado, por isso processá-la ou querer tirar seu diploma, de novo é causa perdida. Mas e sua vida e sua moral? Não tentem ganhar no grito. Cadê a associação com asperger? Como pode ser considerado informação dúbia ou mal explicada? Desafio!
Continua...
Cansei de ler mães bradarem "Meu filho asperger não maltrata animais!", "Meu bebê não sorri mas não é psicopata!". Desculpe, mas que parte do "- Isso PODE ser sinal de _PSICOPATIA_ sim!" elas não entenderam? Não devem ter ouvido, pois quando ouviram a palavra asperger a primeira vez, já se fecharam para a razão e estavam falando no telefone com a polícia, e simplesmente não ouviram tão clara frase.
ResponderExcluirJá que não dá para desenhar (desculpem o sarcasmo, mas injustiças mexem comigo), vou tentar explicar assim: PODE indica possibilidade. Tipo "pode ser que sim, pode ser que não". Já PSICOPATIA é um termo que uns consideram até inadequado, mas sempre indica uma condição que, (muita atenção agora) não é asperger! Nem a grafia ou sonoridade é parecida com asperger, então não tem como confundir. E pais tem que ficar atentos a estes sinais de psicose sim! Ou alguém acha que não tem? Mais uma vez pra garantir: ESCREVI PSICOSE, também não significa asperger.
Para terminar o episódio no programa, a frase na íntegra da doutora depois de citar várias coisas que PODEM indicar PSICOPATIA é essa:
"- ...e pode não ser nada, pode ser só uma criança... (risos)"
Fim do assunto por parte dela. O que seria o riso? Não sei. Pode ser ela tentando arranjar um adjetivo tipo "travessa", "sapeca", "esquisita" ou sabe lá o que justifique uma criança que disseca gatos mas não é psicótica. Mas quem entendeu que até essa risada "asperger", está precisando seriamente de ajuda.
Peço encarecidamente outra vez para que assistam o vídeo (está no Google, fácil de achar) e analisem, transcrevam todo o diálogo se precisarem e digam com provas se algum diálogo que copiei ou transcrevi não condiz com o mesmo. Não precisa vir concordar comigo ou dar o braço a torcer, só quero que me mostrem o que copiei errado se for o caso. E dos que se convencerem de que erraram, não quero nada para mim também. Quero que coloquem a mão na consciência e reflitam "O que fiz com a vida desta doutora e conserto como?".
Obrigado, desculpe o texto longo e o desabafo.
Posto aqui meu primeiro comentário em blog. A minha campanha ferrenha contra estas atrocidades ditas em rede nacional está ligada mais no Facebook. No entanto, gostei muito do texto acima e dos comentários de todos e gostaria de acrescentar algo: deixando um pouquinho de lado os aspies (sem querer deixar, é claro), somente para comentar, há algo ainda mais estranha na fala desta psicóloga, quando ela alega "os aspies não são aqueles autistas tradicionais". Santo Deus, desde quando um autista é tradicional? Será que ele e a família dele escolheram em algum lugar serem tradicionais?
ResponderExcluirMeu Deus, desde quando existe uma síndrome tradicional? Existe isto na medicina? Existe isto na psicologia? Não, não senhores. Alguma coisa aí está muito midiática, muito errada. Somos sim, pais e mães sofridos. Combatemos ferrenho preconceito, para que a emissora "se liga na gente" venha nos dizer que autistas isolados do mundo são "tradicionais". Não existe nada de tradicional aqui. Existe sim, a imponderação e o sensacionalismo gesticulado e os olhos arregalados de quem diz que os aspies são perversos. Pelo amor de Deus!
Minha senhora, a senhora sabe o significado da palavra "tradicional"? Significa "comum aos outros".
ExcluirTradicional: que se refere à tradição; clássico. Conhecem o autista clássico? Neste país continental, nem todos usam os mesmo termos para um mesmo conceito: se você pedir uma média no Rio, ganhará um café com leite. Em São Paulo, só um pãozinho. Se contar gente que faz média e não é nem um nem outro. Também achei desmesurada a campanha contra a psicóloga, cheguei a tentar argumentar mas não tem sido possível: num repente, pessoas que deveriam ser tolerantes, até pelo sofrimento, tornam-se inquisidoras e não demonstram qualquer resquício de empatia, dando mais importância à patologia do atirador do que à dor das famílias enlutadas. Talvez seja efeito da tal multidão. Numa coisa a psicóloga errou (e também quase todos os que a criticam ou apoiam): não se pode fazer diagnósticos sem conhecer o sujeito. Adam não é aspeger, porque não vimos o diagnóstico, e não é psicopata pelo mesmo singelo motivo. Eu, inclusive, apostaria que ele não tem laudo algum de psicopatia: mãe alguma deixaria um psicopata diagnosticado vivendo num arsenal e fazendo treinos de tiro. Até por instinto de preservação.
ResponderExcluirDa minha parte, não compreendo o seguinte: tenho uma vizinha fofoqueira que só fala mentiras, mas não saio da casa dela, ouço tudo o que diz e ainda faço abaixo-assinados para que ela divulgue as minhas ideias. Essa é a relação doentia entre o movimento autista e a vizinha Globo. Com o agravante que nem é vizinha de janela, basta mudar de canal.
ResponderExcluirVenho me pronunciar no seu Blog, para me direcionar a uma pessoa que fez afirmações não condizentes com o que realmente aconteceu. a pessoa chamada REBECA diz: "que em algumas dessas fontes falam que o atirador tinha a síndrome, e tomou o cuidado de não afirmar que este era o caso do atirador." acho que ela não viu o vídeo, que faço questão que assista. http://tvg.globo.com/programas/domingao-do-faustao/videos/t/programa/v/totia-meireles-e-betty-monteiro-participam-do-diva-do-faustao/2297619/ depois disso ela REBECA, volte a se pronunciar sobre o assunto.
ResponderExcluirColuna Capitolina, vi o video sim. ela diz que LEU, veja bem, LEU que o atirador tinha a sindrome. Eu tb li isso, alias esta na CNN no NWT, e em varios veiculos ainda hoje essa informacao. So pesquisar. Sei que isso não é motivo para cometer assassinatos, mas esta era sim a unica noticia que tinhamos ate aquele momento.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirConcordo,é isso mesmo que está no vídeo! Baixei ele e vi várias vezes.
ExcluirA CARTA ESTA CERTA SIM EM AFIMAR QUE A INTELIGÊNCIA ACIMA DA MÉDIA É UMA CARACTERISTICA ASPERGER, NÃO É A TOA QUE É CONHECIDA COMO A SINDROME DO GÊNIO. EU TENHO UM FILHO ASPERGER QUE TEM QI ACIMA DA MÉDIA E ESSA FOI UMA DAS PRINCIPAIS CARACTÉRISTICAS PARA FECHAR O DIAGNÓSTICO. VOCÊ NÃO PODE DIZER QUE A JORNALISTA ERROU SEM TER CONHECIMENTO AMPLO SOBRE O ASSUNTO ELA ESTA CERTA EM AFIRMAR QUE A GRANDE MAIORIA DOS ASPERGES TEM INTELIGÊNCIA IGUAL OU ACIMA DA MÉDIA, ANALISAR O VIDEO NÃO DIMINUE O ESTRAGO QUE FOI FEITO, O MEU FILHO ASSISTIU E NA MESMA HORA FALOU " VÃO PENSAR QUE EU SOU MAL " PARA VOCÊ VER COMO A INFORMAÇÃO FOI PASSADA, FOI UM ATO IRRESPONSÁVEL QUE MERECE SIM UMA RETRATAÇÃO URGENTE, ESSA ENTREVISTA PREJUDICOU VÁRIAS CRIANÇAS E ADULTOS ASPERGER QUE ANTES ERAM CONHECIDOS COMO SUPOSTOS GÊNIOS, AGORA VÃO FICAR MARCADOS COMO VIOLENTOS . A PSICOLOGA JAMAIS DEVERIA TER FALADO QUE ELE ERA SUPOSTAMENTE ASPERGE E MUITO MENOS DIZER QUE AS VEZES SÃO INTELIGENTES, OS MAIORES GÊNIOS DA HUMANINADE ESTÃO RELACIONADOS A SINDROME DE ASPERGER CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS. FAÇA UMA PESQUISA NO GOOGLE E COLOQUE A SÍNDROME DO GÊNIO E VEJA O QUE APARECE E COMPROVE QUE ASPERGER ESTA LIGADO A GENIALIDADE E NÃO A VIOLÊNCIA.
ResponderExcluirAo Senhor Fausto Silva
ResponderExcluirAssunto: Desagravo às declarações de Elizabeth Monteiro
Prezado Fausto Silva,
Em nome dos mais de dez mil médicos que exercem a psiquiatria no país e como presidente
da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), venho protestar, por meio desta carta, contra
as colocações da psicóloga e pedagoga Elisabeth Monteiro, que participou do programa
“Domingão do Faustão” no último domingo (16 de dezembro).
Em sua fala, a senhora Monteiro associou a terrível chacina ocorrida nos Estados Unidos a
patologias como autismo ou Síndrome de Asperger, das quais o assassino seria portador.
Primeiramente, convém esclarecer que, por ora, não há nenhuma prova de associação do
assassino com estas ou quaisquer outras patologias.
O mais grave, no entanto, é atrelar uma chacina ou qualquer atitude violenta a uma reação do
autismo ou Síndrome de Asperger. Nenhum estudo científico sério arrisca fazer esta
associação. Declarar algo do gênero, em rede aberta de televisão, traz consequências graves
para autistas, familiares, professores, educadores e profissionais de saúde, que lidam com esta
realidade diariamente.
Cerca de 46 milhões de brasileiros sofrem de algum transtorno psiquiátrico, como
bipolaridade, autismo e depressão, apenas para citar alguns. A desinformação é o principal
alimento para o preconceito. A ABP defende a criminalização da “psicofobia”, preconceito
contra portadores de deficiências e transtornos mentais, no novo projeto do Código Penal que
tramita no Congresso.
É em nome deste compromisso com a verdade, com a informação científica correta e com a
erradicação de preconceitos que mando esta mensagem.
Reforço que a Associação Brasileira de Psiquiatria está de portas abertas e à disposição do
programa para esclarecer este e outros assuntos que interfiram diretamente no dia-a-dia da
população brasileira.
Atenciosamente,
Antonio Geraldo da Silva
Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria
Ai esta auma carta contra a psicologa da associação brasileira de psiquiatria. acho eu que nos pais não estamos tão errados assim como vc disse deturpou a carta de uma mãe que se preocupa com seu filho e os autistas ela simplesmente quer e nos uma retratação sobre o ocorrido nada mais ke isso. Pois a nesse mundo muita gente cruel ninguem esta interessado em saber de side ou se é ou inteligente mais na associação que ela fez com assassino e autistas e asperger. sou uma mãe e concordo em número gênero e grau em tudo que ela diz pois meu filho é um autista e não um demente. Acho eu que está carta esta mais bem escrita para o senhor que é um esquipe no assunto.
ResponderExcluirFlavia se esta carta é legitima e se presidente da ABP a escreveu depois de assistir ao mesmo vídeo que eu, acredito que agora sim não só os autistas mas todas as pessoas que seriamente necessitam de ajuda de psicologos e psiquatras tem muito com o que se preocupar. Estamos acostumados com as vergonhosas gafes da presidência da OAB e da presidência do nosso país, mas gostaria de continuar acreditando que nas áreas de saúde a coisa fosse mais séria.
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