sexta-feira, 26 de abril de 2013

TEXTO: Autoflagelação em Adolescentes: Um problema sério?

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AUTOFLAGELAÇÃO EM ADOLESCENTES: UM PROBLEMA SÉRIO?

Thales Vianna Coutinho
Psicólogo (CRP12/10175)
Personal & Professional Coach


Era quase um consenso científico que a autoflagelação (ato em que alguém inflige dor ou sofrimento a si mesmo, intencionalmente) na adolescência seria um forte sinal de alerta para algum transtorno mental sério.
Porém, uma tese de doutorado defendida em Novembro do ano passado, por Jonas Bjärehed (Lund University), em que analisou a autoflagelação entre adolescentes suíços, desconstruiu um pouco essa concepção tão enraizada na psicologia.
Jonas Bjärehed
Ele conseguiu demonstrar que, ao contrário do que se pensava, infligir dor a si mesmo intencionalmente é um comportamento relativamente comum entre os jovens. Pouco mais de 40% da população estudada confessou que já havia se autoflagelado no passado.
Na sequência, ele comparou a frequência desses episódios de autoflagelação, com os resultados das escalas para avaliar transtornos mentais, e concluiu que apesar de haver uma relação entre “autoflagelação” e “transtornos mentais” (nas meninas, por exemplo, geralmente há relação com transtornos alimentares), ela não é necessariamente forte e, e apenas uma minoria apresenta essa relação com implicações sérias ou graves. No geral, esse comportamento se relaciona mais com um estilo de lidar com as emoções através da ruminação, o que explica sua relação forte com a “culpa” (“remoendo a culpa”), já identificada em estudos anteriores.
Isso significa que a autoflagelação não é um sinal de alerta? Não! É importante que os pais ou responsáveis, ao notar esse comportamento nos adolescentes, procurem ajuda de um profissional especializado. Entretanto, esses resultados servem para conscientizar os próprios profissionais, dissolvendo o estigma de que a autoflagelação seja necessariamente um sinal de alguma debilidade mental grave.


Referências:
BJÄREHED, J. Characteristics of Self-Injury in Young Adolescents: Findings from cross-sectional and longitudinal studies in swedish schools. Tese de Doutorado, Lund University, 2012.
MEDICAL EXPRESS. Self-harm not always a sign of serious mental health problems. Disponível em: http://medicalxpress.com/news/2012-11-self-harm-mental-health-problems.html#jCp

Fonte das Imagens:
Self-Harm: http://www.priory.com/psych/images/dsh.jpg
Jonas Bjärehed: http://www4.lu.se/o.o.i.s/18899


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Tenha um dia PLENO!

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