sábado, 20 de abril de 2013

TEXTO: A Pintura Feminina


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A PINTURA FEMININA
Thales Vianna Coutinho
Psicólogo (CRP12/10175)
Personal & Professional Coach

Todo o tipo de arte é uma expressão da natureza humana. Assim como a trama das histórias representa os dilemas que os seres humanos sempre enfrentaram devido à nossa condição natural (ver mais sobre isso na minha palestra: “Era uma vez o Homo sapiens”), esta pesquisa quis investigar se a pintura também refletiria nossa natureza. Mais especificamente, quis descobrir se as mulheres representam o mundo na tela, de forma diferente dos homens e – se sim – por quê?
As pesquisadoras fizeram um levantamento de pinturas assinadas por mulheres, dentro do período de 1700 a 1940. Baseando-se em constatações de estudos anteriores, encaixaram as pinturas encontradas em algumas categorias: Retrato, Auto-Retrato, Maternidade/Vida Doméstica; Natureza Morta e Paisagens, chegando à distribuição abaixo.
Frida Khalo’s “The Two Fridas” (1939)
Esses resultados permitem concluir que as mulheres sempre tiveram uma maior motivação para representar figuras humanas ou contextos sociais, em detrimento da natureza morta e paisagem. Além disso, ao desenhar situações sociais, as mulheres tendem a incluir na imagem muito mais pessoas, inclusive não aparentadas, com a preocupação de dar valor à diversidade das relações sociais. Esse é um padrão que reflete a natureza feminina mais social, e que as diferencia das pinturas masculinas. Além disso, nas pinturas femininas, cenas de conflito (guerra, desavenças, caça, etc) são muito mais raras, um padrão nitidamente diferente da pintura masculina.
Em suma, refletimos na tela o que refletimos em nossas mentes. Como a mente masculina e feminina são diferentes, devido às diferentes pressões que ambos os sexos sofreram ao longo do processo evolutivo, é lógico pensar que as pinturas serão diferentes. Não são piores, nem melhores, apenas diferentes!


Referência:
CHANG, R. FISHER, M. MEREDITH, T. Evolutionary perspectives on what women paint. Journal of Social, Evolutionary and Cultural Psychology, vol. 6, n° 4, 2012.


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