Muito obrigado!
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Fonte das Imagens:
Holocausto = http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capas/historia-geral/imagens/holocausto.jpg
Sagi-Schwartz = http://www.ushmm.org/research/center/fellowship/fellows/2012/images/sagi-schwartz.jpg
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Tenha um dia PLENO!
O
QUE NÃO MATA (ÀS VEZES) FORTALECE
Thales Vianna
Coutinho
Psicólogo
(CRP12/10175)
Personal &
Professional Coach
Investigações
anteriores já demonstraram que uma situação traumática tem o potencial para
abreviar a nossa vida, principalmente devido às ações que o cortisol (hormônio
do stress) exerce no nosso DNA, reduzindo - principalmente - o tamanho do telômero.
Por isso que esta
pesquisa publicada na última quarta-feira no periódico PLoS ONE é tão
interessante e está causando tanto reboliço. Afinal, ela conseguiu demonstrar uma
exceção muito significativa a essa regra de que o stress crônico reduz a
expectativa de vida.
Eles compararam os
dados de mais de 55 mil judeus e judias que emigraram da Polônia por volta dos
20 anos de idade, antes e depois do início da segunda guerra mundial. Mais
especificamente, antes e depois do Holocausto.
Abraham Sagi-Schwartz |
Conforme Abraham Sagi-Schwartz, coordenador desta investigação: "Os sobreviventes do holocausto não apenas sofreram graves traumas
psicológicos, mas também desnutrição, falta de higiene e restrição do acesso a
médicos, o que nos levava a crer que essas privações acarretariam numa menor
saúde e consequentemente uma redução da expectativa de vida". (fonte: The
Jerusalem Post)
Surpreendentemente,
identificaram que, no geral, a expectativa de vida dos sobreviventes ao Holocausto era
pelo menos de 6 meses maior que a das pessoas que não viveram na pele este regime. Ao refinar os dados, os cientistas descobriram que, na realidade, não havia uma
diferença na longevidade entre mulheres, mas que entre os homens essa diferença
chegava a ser de 14 meses. Isso significa que os sobreviventes deste que foi um
dos maiores massacres da história recente, mesmo tendo sofrido todas as
adversidades, viveram mais que aqueles que não passaram por esse período
negro.
Os autores propõem que
esta diferença pode ser explicada pelo "crescimento pós-traumático"
(Posttraumatic Growth). Ou seja, a vivência constantemente estressante do
Holocausto aumentou a capacidade de resiliência, além de desenvolver muito as
habilidades interpessoais dos sujeitos, que precisavam disso para sobreviver.
Ainda de acordo com o
professor Sagi-Schwartz: "Os
resultados desta pesquisa nos dão esperança e nos ensinam um pouco mais acerca
da resiliência do espírito humano quando confrontado com eventos brutais e
traumáticos, como o Holocausto". (Fonte: MedicalExpress).
Uma interpretação
alternativa, também considerada pelos autores, é de que os indivíduos mais
vulneráveis às adversidades acabaram perecendo durante este período, e sobreviveram
apenas aqueles com uma melhor condição de saúde geral, o que explica porque
estes viveram bastante tempo (na realidade, eles já viveriam mais tempo que a média, em
condições normais).
Independente da
explicação para o fenômeno (que precisará ser melhor testada em futuras investigações), esta pesquisa contribuiu para demonstrar que muitas vezes o “óbvio”
não está necessariamente correto. E, por isso, é sempre importante que sejam
feitas novas pesquisas para por à prova velhas concepções.
Referência:
SAGI-SCHWARTZ, A.
BAKERMANS-KRANENBURG, M. LINN, S. IJZENDOORN, M. Against all odds: genocidal trauma is associated with longerlife-expectancy of the survivors. PLoS ONE, vol. 8, n° 7, 2013.
Reportagem no "The
Jerusalem Post". ‘Male Holocaust
survivors have longer life expectancy’. Disponível em: http://www.jpost.com/Health-and-Science/Male-Holocaust-survivors-have-longer-life-expectancy-321454
Reportagem da
MedicalExpress. Male Holocaust survivors
have a longer life-expectancy. Disponível em: http://medicalxpress.com/news/2013-07-male-holocaust-survivors-longer-life-expectancy.htmlFonte das Imagens:
Holocausto = http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/capas/historia-geral/imagens/holocausto.jpg
Sagi-Schwartz = http://www.ushmm.org/research/center/fellowship/fellows/2012/images/sagi-schwartz.jpg
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